terça-feira, 30 de junho de 2009

A Essência do Yoga



Para entender a essência do yoga, depois de anos de prática, muitos livros lidos e meditação intensa, enfim tive um insight, uma analogia que vou explicar para que você, caro leitor, compreenda de forma clara e objetiva.
Você já ouviu falar em óleos essenciais? Eles são a parte mais pura de uma flor, erva ou planta.
Para se ter uma ideia, para fazer um litro de óleo essencial de rosas, é necessário uma tonelada de pétalas. Assim dá para entender que esse óleo essencial além de puro, de ter um cheiro absurdamente agradável, ainda contém propriedades medicinais, de acordo com cada espécie de planta.
Se uma planta contém tais poderes ocultos no seu interior, imagine o poder que nós seres humanos temos à disposição. Imagine você se conectar com essa tua essência única, e canalizar toda essa energia em prol da tua vida e da humanidade.
Esse então é o caminho do yoga. A conexão com o que há de melhor em você, com tua essência primordial. Com essa percepção, com esse objetivo de levar o que tem de melhor para o mundo, você estará dando o primeiro passo para o objetivo supremo do yoga: Moksha (libertação).
Se você quer ser uma pessoa melhor, se conhecer mais e descobrir essa tua essência, não perca tempo. Pratique yoga.
Namastê!!!
By Nina

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Amor X Obsessão


Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.
(Gabriel Garcia Marquez - Memórias de Minhas Putas Tristes - Pg. 74)


Quando é que termina o amor e nasce a obsessão?
Porque ambos são opostos.
Amar é deixar o outro livre, obsessão é posse.
Amar é colocar-se em primeiro lugar, obsessão é anulação.
Amar é aceitar o outro, obsessão é criar o outro se baseando numa idealização.
Amar é junto, obsessão é sozinho.
Amar é troca, obsessão é fuga.
Onde há obsessão não há amor.
Há o que restou dele... as lembranças, os momentos, o comodismo e a não aceitação que tudo aquilo de tão sólido e lindo desintegrou-se como se fosse um castelo de areia, que a onda derruba quando a maré sobe.
É preciso aceitar e deixar que a onda leve, o desapego é necessário. Outros castelos poderão ser construídos, mas dessa vez, em um lugar mais sólido, com um material que não se desfaça com facilidade. Mas para isso, foi preciso passar pelo castelo de areia. Porque só as experiências nos tornam experientes.
Não insista no castelo de areia. Nem tente transformar o que já ruiu.
Entre no mar, mergulhe, sinta-se vivo e recomece...

By Nina

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Deixar Acontecer


Deixar Acontecer
:: Elisabeth Cavalcante ::

Um dos maiores desafios para o ser humano é aprender a deixar a vida acontecer, confiando simplesmente na magia da existência e tendo a certeza de que ela lhe trará tudo o que necessita para ser feliz.
Sentir-se integrado de modo absoluto com o Universo, ainda é um privilégio que poucos experimentam, mas pode se tornar acessível a qualquer um que se disponha a mudar a maneira pela qual se relaciona com as leis da natureza.

Quanto mais tentamos forçar os acontecimentos e aumentamos nosso nível de ansiedade para alcançar algo muito desejado, mais frustração experimentamos. Plantar as sementes e esperar pacientemente que as condições favoráveis para o seu florescimento se desenvolvam, exige uma dose de paciência que nem todos se dispõem a cultivar.
Enquanto não aprendemos que o relaxamento e a aceitação constituem o caminho mais eficaz para o fluir harmonioso de tudo o que almejamos, prosseguiremos a cultivar o medo, a insegurança e o pessimismo em relação à conquista de nossos sonhos.

Acreditar plenamente em nossa própria capacidade é a melhor maneira de obter sempre os melhores resultados em tudo o que realizamos, desde as tarefas mais corriqueiras, até as mais desafiadoras.

O importante é não permitir que cada nova conquista que buscamos, se transforme numa questão de vida ou morte, pois esta postura interior é o principal obstáculo para o alcance de qualquer meta.

... fique claramente consciente da diferença entre 'consequência' e 'resultado'. Um resultado é conscientemente desejado; uma consequência é um subproduto. Por exemplo: se eu digo a você que se você brincar a felicidade será a conseqüência, você vai tentar por um resultado. Você vai e brinca e você fica esperando pelo resultado da felicidade. Mas eu lhe disse que ela será a conseqüência, não o resultado.

A conseqüência significa que se você está realmente na brincadeira, a felicidade acontecerá. Se você constantemente pensa na felicidade, então, ela tem de ser um resultado; ela nunca acontecerá. Um resultado vem de um esforço consciente; uma conseqüência é apenas um subproduto. Se você estiver brincando intensamente, você estará feliz. Mas a própria expectativa, o anseio consciente pela felicidade, não lhe permitirá brincar intensamente. A ânsia pelo resultado se tornará a barreira e você não será feliz.

A felicidade não é um resultado, é uma consequência. Se eu lhe digo que se você amar, você será feliz, a felicidade será uma conseqüência, não um resultado. Se você pensa que, porque você quer ser feliz, você deve amar, nada resultará disso. A coisa toda será falsificada, porque a pessoa não pode amar por algum resultado. O amor acontece! Não há motivação por detrás dele.

Se há motivação, não é amor. Pode ser qualquer outra coisa. Se eu estou motivado e penso que, porque desejo a felicidade, vou amá-lo, esse amor será falso. E como ele será falso, a felicidade não resultará dele. Ela não virá; é impossível. Mas se eu o amo sem qualquer motivação, a felicidade segue como uma sombra.

O tantra diz: aceitação será seguida por transformação, mas não faça da aceitação uma técnica para a transformação. Ela não é. Não anseie por transformação - somente então a transformação acontece. Se você a deseja, seu próprio desejo é o obstáculo.

OSHO, Vigyan Bhairav Tantra

terça-feira, 16 de junho de 2009

Meditação do Dia


O Orgulho do Samurai

Paraíso e inferno não são locais geográficos, são psicológicos, são a sua psicologia. Paraíso e inferno não estão no final de sua vida, estão aqui e agora. A cada momento as portas se abrem, a todo momento você fica ondulando entre o paraíso e o inferno. É uma questão de momento-a-momento, é urgente, em um único momento você pode mover-se do inferno para o paraíso, do paraíso para o inferno.

Ambos estão dentro de você. As portões estão bem próximos um do outro: com a mão direita você pode abrir um, com a mão esquerda você pode abrir o outro. Basta uma simples mudança na sua mente, seu ser se transforma. Do paraíso para o inferno e do inferno para o paraíso. Sempre que você age inconscientemente, sem percepção, está no inferno. Sempre que você está consciente, quando você age com plena atenção, está no paraíso.

Subitamente, quando Hakuin disse: "Aí está o portal, você já o abriu", a própria situação deve ter despertado a percepção do Samurai. Um único momento a mais e a cabeça de Hakuin teria sido cortada. E Hakuin disse: "Esse é o portal do inferno." Não foi uma resposta filosófica, pois nenhum mestre responde em termos filosóficos. A filosofia existe apenas para as mentes medíocres e não-iluminadas. O mestre responde, mas a resposta não é verbal, ela é plena. O fato de que aquele homem poderia tê-lo morto não é o mais importante. "se você me matar, e isso o tornar alerta, perceptivo, então vale a pena." Hakuin apostou nisso. Eis o que deve ter acontecido com o guerreiro - parado, com a espada na mão, Hakuin à sua frente - e não havia rido nos olhos de Hukuin, seu rosto estava sorridente, e os portais do paraíso se abriram. Ele entendeu: a espada retornou à bainha. Ao colocar a espada de volta, ele deve ter entrado em silêncio total, cheio de paz. A raiva havia desaparecido, a energia que se movia na raiva havia se tornado silêncio. Se você de repente se tornar perceptivo no meio da raiva, sentirá uma paz que nunca sentiu antes. A energia estava se movendo e, subitamente, pára. Você encontrará o silêncio, o silêncio imediato. Cairá em seu ser interior e a queda será tão repentina que você se tornará perceptivo. Não é uma queda lenta, é tão abrupta que você não pode deixar de se tornar perceptivo. Só é possível permanecer não-perceptivo com coisas rotineiras, com coisas graduais, quando você se move tão lentamente que não pode sentir o movimento. Isso foi um movimento súbito, passando da atividade para a não-atividade, do pensamento para o não-pensamento, da mente para a não-mente. Enquanto recolocava a espada em sua bainha, o guerreiro compreendeu. E Hakuin disse: "Aqui se abrem as portas do paraíso." O silêncio é a porta. A paz interior é a porta. A não-violência é a porta. O amor e a compaixão são as portas.

(OSHO)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Sobre a crise


Texto de Mentor Muniz Neto, diretor de criação e sócio da Bullet,

uma das maiores agências de propaganda do Brasil, sobre a crise mundial.




"Vou fazer um slideshow virtual para você.

Está preparado?



É comum, você já viu essas imagens antes.

Quem sabe até já se acostumou com elas.

Começa com aquelas crianças famintas da África.

Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.

Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem.

Êxodos de populações inteiras.

Gente faminta.

Gente pobre.

Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens.

No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.

Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

São imagens de miséria que comovem.

São imagens que criam plataformas de governo.

Criam ONGs.

Criam entidades.

Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.

Ano após ano, discutiu-se o que fazer.

Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.



Dizem que 40 bilhões de dóares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.

Resolver, capicce?

Extinguir.



Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.

Não sei como calcularam este número.

Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro.

Ou o triplo.

Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.



Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.

Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.



Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar...

Se quiser, repasse, se não, o que importa?

"O nosso almoço tá garantido mesmo..."

Sobre o Orkut





Tem muita gente que critica o orkut e que faz mal uso dele.
Eu adoro! Não só por ser um canal de comunicação entre amigos. Sempre estou conhecendo pessoas legais. E fazendo muitas parcerias.
Minha comunidade de Mitologia Indiana vai muito bem. São quase 12.000 pessoas. Lá você não encontra nenhum tipo de agressão entre as pessoas. Nem pessoas que perdem tempo escrevendo abobrinha.
Lá as pessoas são interessadas pela cultura, estão dispostas a aprender e a ensinar.
E ninguém faz pouco de ninguém. Existe respeito até nas discussões.
Tenho feito parcerias com Editoras. Já fiz promoção com a Madras, com a Ediouro e com a Nova Fronteira. Já ganhei meu terceiro livro por divulgá-los na comunidade. E estou buscando novas parcerias.
Parece pouco? Não acho. Sei que isso ainda é só o começo!

Conheça a comunidade e participe:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=768452

As fotos são dos livros que já ganhei.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Iron Man - Paper Toys


Meu primo, Luis Renato Kriegel criou esses toys do Iron Man. Amei, confiram e acessem o link para imprimir e montar: http://telecine.globo.com/webflights/homemdeferro/


Paper toys


Esse é um dos inúmeros sites legais com modelos de toys pra vc imprimir e montar!
Adoooro!

http://www.bentheillustrator.com/speakerdogpapertoys.html

Botões

Técnica desenvolvida a partir de biscuit para aplicação em caixas de mdf, patchwork, scrapbook, feltro e onde chegar a imaginação!!!






Algumas Mandalas



Mandalas e Artes em Biscuit ByNina


IMÃS (técnica de biscuit que desenvolvi - muito em breve estarei dando cursos)








Biscuits Personalizados ByNina


Trabalho criado para um evento de RH para a rede de hotéis Bourbon.


segunda-feira, 1 de junho de 2009

Além da Mitologia Indiana


O MITO

Qual a primeira coisa que vem na sua cabeça quando se fala em Mitologia Indiana?
Provavelmente algo bem místico e espiritual.
Mas a Mitologia, independente da sua origem vai muito além disso.
Para compreender melhor vou falar um pouco sobre o mito.

Segundo Joseph Campbell os mitos têm basicamente quatro funções.

A primeira é a função mística, os mitos abrem o mundo para a dimensão do mistério, para a consciência do mistério que subjaz todas as formas.

A segunda é a dimensão cosmológica, a dimensão da qual a ciência se ocupa – mostrando qual é a forma do universo, mas fazendo de tal maneira que outra vez, o mistério se manifesta.

A terceira função é a sociológica – suporte e validação de determinada ordem social. Os mitos variam tremendamente de lugar para lugar. Existe a mitologia da poligamia, da monogamia e foi essa função sociológica do mundo que assumiu a direção do mundo, e está desatualizada.

E ainda existe a quarta função, que seria a ideal, a função pedagógica, de como viver uma vida humana sob qualquer circunstância. Reaprender o antigo acordo com a sabedoria da natureza e retomar a consciência de uma fraternidade com os animais, a água e o mar.

Dizer que a divindade modela o mundo e todas as coisas é condenado como panteísmo. Tal palavra é enganadora, pois sugere que um deus pessoal supostamente habita o mundo, mas a idéia em absoluto não é essa. A idéia é transteológica, de um mistério indefinível, inconcebível, admitido como um poder, isto é, como a fonte, o fim e o fundamento de toda vida e de todo o ser.

“Mas se você pensar em nós como vindos da terra, não como tendo sido lançados aqui de alguma parte, verá que somos a terra, somos a consciência da terra, esses são os olhos da terra, e esta é a voz da terra”. Todo o planeta como um só organismo.
Assim surge o novo mito, não se pode prever que mito será esse, como se não pode prever o que irá se sonhar a noite, pois mitos e sonhos vêm do mesmo lugar. Vêm de tomadas de consciência de uma espécie tal que precisam encontrar expressão numa forma simbólica. E o único mito de que valerá a pena cogitar, no futuro imediato, é o que fala do planeta e de todas as pessoas que estão nele, e ele lidará com o que todos os mitos têm lidado – o amadurecimento do indivíduo, da dependência à idade adulta, depois à maturidade e depois à morte; e então com a questão de como se relacionar com esta sociedade, e de como relacionar esta sociedade com o mundo da natureza e com o cosmos.

O mito vai muito além do misticismo. A mitologia indiana é extremamente mística nos dias de hoje. Mas nem sempre foi assim. O Hinduísmo, religião dominante na Índia, não teve um fundador. Ele foi baseado em toda uma cultura que surgiu muito antes da religião. Essa herança cultural deu origem aos livros sagrados, conhecidos como Vedas, que foram escritos por volta de 1.500 a.C. Eles são a base de todas as escrituras sagradas do Hinduísmo.

No livro “O Poder do Mito” de Joseph Campbell, encontram-se trechos interessantes a respeito dos mitos e sua função:

“Mitos são histórias de nossa busca da verdade, de sentido, de significação através dos tempos. Todos nós precisamos contar nossa história, compreendê-la. Todos nós precisamos compreender a morte e enfrentá-la e todos nós precisamos de ajuda em nossa passagem do nascimento à vida e depois à morte. Precisamos que a vida tenha significação, descobrir o que somos”.

E ainda diz Campbell: “Dizem que o que todos procuramos é um sentido para a vida. Não penso assim. Penso que o que estamos procurando é a experiência de estar vivos, de modo que nossas experiências de vida, no plano puramente físico, tenham ressonância no interior de nosso ser e de nossa realidade mais íntimos, de modo que realmente sintamos o enlevo de estar vivos. É disso que se tratam os mitos, e é o que essas pistas nos ajudam a procurar dentro de nós mesmos”.

O mito passa a ser experiência de sentido, experiência de vida. A mente se ocupa do sentido. Qual é o sentido de uma flor, de uma pulga, do universo? Está exatamente ali. É isso. E o seu próprio sentido é que você está aí. O prodígio de estar vivo é que de fato conta. Os mitos ensinam que você pode se voltar para dentro, e você começa a captar a mensagem dos símbolos. O mito ajuda a colocar sua mente em contato com essa experiência de estar vivo.

O que temos hoje é um mundo desmitologizado, e em conseqüência, há muito interesse em mitologia, porque os mitos trazem uma mensagem. São histórias sobre a sabedoria de vida, ao contrário do que as universidades e escolas estão ensinando, prendendo-se demais em assuntos tecnológicos. A mitologia vai além da literatura e da arte, ensina sobre a própria vida. A mitologia tem a muito a ver com os estágios da vida, as cerimônias de iniciação, quando você passa da infância para as responsabilidades de adulto, da condição de solteiro para a de casado. Todos esses rituais são ritos mitológicos. Todos têm a ver com o novo papel que você passa a desempenhar, com o processo de atirar fora o que é velho para voltar com o novo, assumindo uma função responsável. Os mitos são ainda os sonhos do mundo, são sonhos arquetípicos, e lidam com os magnos problemas humanos. Eles dizem como reagir diante de certas crises de decepção, maravilhamento, fracasso ou sucesso. “Os mitos dizem onde estou”.

Entendendo o conceito do mito, a mente se abre para a Mitologia.
Porque os homens, desde os primórdios de sua existência tinham o costume de reunirem-se em volta de uma fogueira e contar histórias. Histórias que se tornaram mitos e mitos que foram transformados em religiões.

Então finalizo com outras perguntas: Quais as histórias de hoje que serão os mitos de amanhã? Quem serão os heróis? Quem serão os deuses?

Carolina Carvalho
bynina@hotmail.com

Dane-se



Nem sei por onde começar e sei menos ainda como vai terminar.
Só to aqui de bobeira numa noite de sexta-feira, filosofando sobre a vida...

Será que existe jeito certo, atitude certa, ou apenas uma fórmula mágica que pudesse abstrair tudo aquilo que não deveria ter sido dito,ou feito?

Falo através de palavras desconexas, pensamentos que talvez só façam sentido pra mim, mas o que importa se é meu coração quem fala, se é ele que insiste em comandar todos esses pensamentos e atitudes?
Por que é que por mais errada, por mais impulsiva, por mais que eu saiba como fazer, ou como acredito que se deva fazer acabo sempre seguindo esse rumo que não se chama razão?

Dane-se se estou fora do padrão!!!
Dane-se se meu salto não é de bico fino e minha cara coberta de maquiagem cara. Não me fantasio. Sou feliz no meu jeans básico, blusinha colorida e havaianas.
Dane-se se digo o que eu penso. Se não tenho paciência pra joguinhos fúteis e encontros fugazes. Melhor fazê-los em meus sonhos lúcidos ou adormecidos.
Que diferença faz? No dia seguinte quase nada muda. Só muda o stress da realidade versus o desencanto da imaginação.

Mas a propaganda enganosa realmente é enganadora. Crescemos escutando historinhas de príncipes montados nos seus belos cavalos brancos, que salvam princesas com o beijo do amor verdadeiro. Contos de fadas passados de geração para geração, implantados na nossa memória genética e no inconsciente coletivo do universo feminino.
Só que esse tipo de salvação não existe. Claro que tenho absoluta certeza disso. Claro que minha razão sabe que o amor de um homem não é suficiente pra preencher a alma, mas e o coração? Esse sim preenche. Acredito no meu romantismo ultrapassado, porque como ja falei, não sou padrão.
Não preciso de salvação, porque não estou em perigo. Sei exatamente quem sou, onde quero chegar e os meios para atingir todos meus objetivos.

Só que o amor ultrapassa tudo isso. O amor é tudo aquilo de lindo e triste que lemos o tempo todo, nos versos dos poetas e nas estrofes das canções.

Dane-se se o amor dói. Mas por doer, por dar tanto trabalho, por necessitar de tantos cuidados, os homens abandonaram seus cavalos.

Muito mais simples mulher padrão. E o padrão balança nos extremos:
Fica entre a moderninha, a que não vai incomodar no dia seguinte, aquela que já nem sabe mais a diferença entre os sexos, aquela que age de igual pra igual, que vê a beleza na vulgaridade e tem como lema "aproveitar o momento".
O outro extremo é a certinha santinha que faz o sexozinho básico, obedece o maridinho, leva sua vidinha social com um sorriso no rosto e diz ser feliz.
Só que aí o maridinho bonzinho conhece a moderninha, daí começa uma novela e novamente repito: que se dane.
Não quero saber de novela. Quero vida real. Quero sim compartilhar um amor que não seja padrão!

Com um homem que também, não seja padrão.

Quero ser safada sem ser vulgar, beber meu vinho sem cair, viver cada momento intensamente, mas tudo isso com o mesmo homem.
Sendo fiel, amiga, companheira, amante, mulher, mãe e até criança. Quero ter o dia seguinte e o dia depois dele. Quero acordar e dormir abraçada. Quero ganhar flores, quero massagem, beijos intermináveis e aquele olhar único que a gente sabe pertencer só a nós. Quero me apaixonar, quero parar de ter que controlar meus sentimentos.

Mas toda vez que penso que encontrei um candidato às minhas fantasias, toda vez que monto no cavalo do príncipe imaginário dos meus sonhos infantis, caio do cavalo e acordo assustada. Porque nunca existiu nenhum príncipe. E muito menos cavalo. Mais fácil seria eu montar num cavalo qualquer e sair trotando ensandecida por entre montanhas e vales e viver da luz do Sol. Porque está difícil achar alguma conexão entre o que eu ouço e entre o que eu vejo.

Antes da conquista derradeira, o homem faz a mulher acreditar que realmente ele está a fim. Liga, procura, insiste, enche a caixa dela de e-mails e o celular de mensagens apaixonadas.
Mas depois que a mulher se encanta, e liga porque quer o dia seguinte, começa outra novela. Porque aí, ele, o homem, sabe que tem mais uma a disposição nos momentos que "ele" quiser. O sexo pode até ter sido bom, claro que não o melhor, porque o melhor vem com o tempo, com a intimidade, com o relacionamento. Mas tem homem que é tão inexperiente no quesito relacionamento que desconhece essa parte.

Então a mulher vira a chata, a que pressiona, a que não entende. Mas o que o homem não entende é que a mulher está ainda tentando se apaixonar, tentando acreditar se tudo que ela ouviu foi verdadeiro, se aquele homem encantador que ela conheceu era real ou apenas mais uma mentira.

Relacionamentos não são fáceis.
Mas se existe a magia, o sentimento, tem que haver luta, não dá pra abandonar o barco na primeira discussão.
Fugir pra começar outra historinha igual?
Para repetir tudo de novo?
Dane-se! Odeio repetições.

Dane-se se falam pra gente não criar expectativas. Essa é outra ilusão.
Ele é educado e inteligente, parece falar a tua língua, e ainda te beija de um jeito que te deixa tonta...

Dane-se se falo demais, se viajo demais, se sonho demais.
A vida tem que ter emoção, sentimento, paixão.
E eu não tenho medo.
Gosto de adrenalina.
Prefiro levar um tombo real, com dor de verdade e que o tempo cure, do que o tombo do cavalo branco dos meus contos de fadas, que só deixa como marca outra desilusão.

Talvez eu esteja equivocada!
Talvez eu tenha que exercer mais minha paciência, talvez eu seja mais destemida e impulsiva que deveria.
Eu só sei que tenho tesão pela vida e amor próprio. Tenho autoestima alta, sou bem resolvida, sincera e bonita.
Não sou perfeita, mas reconheço meus erros e defeitos.
E se o meu coração continua pulsando forte e minha razão não encontra outra se não a de sonhar, vou continuar tentando colocar pelo menos um dos pés no chão, porque o outro pra sempre vai voar!!!

Nina
(bynina@hotmail.com)

ATENÇÃO

Muitas imagens do BLOG são fonte de pesquisa na internet.
As imagens que incluem o ByNina na lateral são criadas por mim, geralmente pego frases de outros autores, citando o mesmo e imagens de fundo disponíveis na internet.
Todas as frases e pensamentos com a assinatura ByNina embaixo da arte são de minha autoria.
Lembre-se sempre de citar a fonte quando compartilhar.
E se alguma imagem tiver direitos autorais, entre em contato comigo através do e-mail bynina@hotmail.com que cito o autor ou retiro imediatamente.
Obrigada pela compreensão!

Carolina Carvalho
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